Rendimento anual líquido por nível de escolaridade na União Europeia

 Ser diplomado em Portugal compensa menos do que ter apenas o ensino secundário em boa parte da Europa. Em 2020, o rendimento anual líquido por adulto equivalente dos trabalhadores portugueses com educação superior, era menor do que o dos trabalhadores com o ensino secundário em 12 países da UE, em paridade de poderes de compra.

 O  Luxemburgo é o país europeu que proporciona melhores salários líquidos a quem possui apenas o ensino secundário (26 mil € anuais), muito superior ao salário médio líquido de um diplomado em  Portugal (18 mil € anuais). Para além do Luxemburgo, também a  Alemanha, a  Áustria, a  Dinamarca, os  Países Baixos,  Malta, a  Bélgica, a  Suécia, a  Finlândia, a  Irlanda, a  França e a  Itália apresentam uma média salarial superior para quem possui apenas o ensino secundário do que em Portugal com o ensino superior.

Existem 18 países na UE que proporcionam aos seus trabalhadores diplomados rendimentos líquidos superiores aos que são pagos em Portugal. Para além dos países acima mencionados, também a  Espanha e o  Chipre pagam melhor aos seus diplomados, assim como alguns países de leste ( Eslovénia,  Lituânia,  Chéquia e  Estónia).

Em Portugal, os baixos salários são transversais a todos os níveis de escolaridade, apesar de maiores níveis de educação garantirem salários mais elevados. No entanto, o retorno do investimento dos jovens e das suas famílias na educação é muito baixo no nosso país e, por isso, muitos jovens com formação superior decidem emigrar em busca de melhores condições profissionais, conduzindo à "fuga de cérebros", após vários anos de investimento, privado e público, na sua educação em escolas portuguesas.

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