Filosofia, Ética e Moral, Clássicos
John Locke (1632-1704) foi um filósofo, médico e político inglês. Tendo sido um dos mais importantes filósofos da modernidade, é reconhecido como um dos "pais" do liberalismo. Para além de também ter abordado questões metafísicas e gnosiológicas, Locke deixou importantes contributos na filosofia política, nomeadamente em relação à defesa dos direitos naturais de cada ser humano: direito à vida, liberdade e à propriedade, afirmando que a função do Estado é proteger esses direitos.
Em A Letter Concerning Toleration ["Uma Carta sobre a Tolerância"], de 1689, Locke defende o princípio da laicidade do Estado como ideia primordial para a defesa dos direitos de todas as pessoas, argumentando que, como a Igreja e o Estado têm funções diferentes, devem encontrar-se devidamente separados. Locke apresenta vários argumentos em defesa desta separação e explicita a sua tese de que a tolerância religiosa leva a menos agitação na sociedade e que, portanto, é preferível deixar-se proliferar as diversas religiões que vão aparecendo, ao invés de combatê-las de modo a unificar a Santa Igreja.
Neste texto, é ainda possível perceber um outro aspeto fundamental da filosofia política de Locke no que respeita à tolerância, pois para este autor apenas devem ser permitidas em sociedade as igrejas e religiões que a promoverem.
A presente edição do Liberty Fund inclui ainda outros textos de Locke sobre esta mesma temática. Uma edição portuguesa da Carta sobre a Tolerância encontra-se à venda nas Edições 70.
Laura Félix.
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