História, Economia, Intervencionismo e Protecionismo, Moeda, Banca e Mercados Financeiros
Em "Inflação da Moeda Fiduciária em França", Andrew Dickson White conta a história pouco conhecida de um fator importante na origem da Revolução Francesa. Como John Mackay escreve no prefácio,
Dá conta da maior tentativa alguma vez feita na história do mundo por um governo de criar uma moeda fiduciária inconvertível e manter a sua circulação em vários níveis de valor. Também se debruça sobre o que terá sido o maior de todos os esforços governamentais — com a possível exceção do de Diocleciano — para promulgar e impôr um limite legal nos preços dos produtos e das mercadorias. Todas as restrições susceptíveis de prejudicar a vontade ou frustrar a sabedoria da democracia haviam sido eliminadas, e, em consequência, todos os dispositivos e expedientes que o poder incontrolado e o otimismo irrestrito podiam conceber foram postos em prática. Mas as tentativas falharam. Deixaram um rasto de desolação e aflição moral e material, que um dos povos intelectual e espiritualmente mais aptos na Europa do tempo sofreu durante um século e um quarto, e continuará a sofrer até o fim dos tempos. Existem limitações aos poderes de governos e povos que estão na constituição das coisas e que nem despotismos nem democracias podem superar.
É notável o modo como as histórias convencionais desse período tratam essa enorme realidade económica: uma mera nota de rodapé. Tal deve-se sobretudo a os historiadores não estarem geralmente atentos às relações de causa e efeito na economia. Mas este livro é diferente. O autor coloca a história monetária no centro da ação e mostra de maneira convincente como isso levou a uma catástrofe nacional:
[A inflação] levou, como vimos, o comércio, a indústria e as actividades mercantis e agrícolas, à ruína. Infligiu o mesmo grau de destruição que um holandês sofreria se abrisse os diques do mar para regar o seu jardim num verão seco.
Disto resultou a completa prostração financeira, moral e política da França — uma prostração da qual só um Napoleão a poderia levantar.
Este estudo foi escrito pela primeira vez em 1896 e não foi superado, nem o seu poder historiográfico foi diminuído.
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