História, Liberalismo e Capitalismo, Sociologia, Clássicos
Benedetto Croce (1866-1952) foi um filósofo, historiador e político italiano de grande relevo no século XX. Na política, destacou-se por ter sido senador em 1910, bem como ministro da educação, mas sobretudo por se ter oposto ao governo fascista de Mussolini. Foi ainda eleito presidente do Partito Liberale Italiano em 1947.
Os seus trabalhos incidiram essencialmente sobre filosofia, história e estética, e tiveram tal relevo que foi indicado para o Prémio Nobel da Literatura por dezasseis vezes, não tendo, no entanto, recebido o galardão em nenhuma delas.
Em La storia come pensiero e come azione (1938) é defendida a sua tese de que as pessoas não agem conforme a filosofia, mas sim por meio da investigação e compreensão histórica e que o papel da primeira é apenas o de dar a compreender a história, sabendo responder-lhe. Croce argumenta que a história é a “história da liberdade” uma vez que é determinada por uma resposta humana livre e criativa a tudo o que advém de uma resposta igualmente livre e humana anterior. Como este é um processo cíclico, o autor conclui que a liberdade é o elemento criador da história e não apenas um objetivo da mesma. As pessoas constroem assim o mundo, ultrapassando os obstáculos da criatividade livre anterior, tendo em mente alcançar constantemente uma liberdade mais intensa, quer seja reagindo contra a exploração económica ou a censura fascista.
Por: Laura Félix.
Do mesmo autor, também disponível Politics and Morals e My Philosophy and Other Essays on the Moral and Political Problems of Our Time
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