Clássicos, Liberalismo e Capitalismo, Empreendedorismo, Concorrência e Regulação, Intervencionismo e Protecionismo, Economia, Filosofia Política, Direito e Instituições
Publicada em 1765, O Ganho Nacional é a principal obra do pensador iluminista Anders Chydenius (1729-1803). O texto, publicado no mesmo ano em que, pela primeira vez, o autor é nomeado para o Parlamento Sueco, define o que este entende por ganho e perda de uma nação, ilustrando com vários exemplos diversas formas de aumentar ou diminuir o lucro nacional. É aqui explicado como o comércio internacional, a livre iniciativa e a colaboração entre indivíduos e nações são, para ele, factores essenciais à prosperidade geral.
Uma das particularidades da obra está representada no seguinte trecho:
(...) cada indivíduo tenderá, por iniciativa própria, a procurar o local e a ocupação onde mais eficazmente possa aumentar o ganho nacional, desde que as leis não o impeçam de o fazer.
Toda a gente procura a própria vantagem. Essa inclinação é tão natural e necessária que todas as sociedades do mundo se alicerçam nela (...)
Aqui, tal como noutras passagens do escrito, Chydenius transmite o conceito por detrás da famosa “mão invisível”, que advoga como a livre busca de cada indivíduo por aquilo que é o melhor para si conduzirá, naturalmente, ao melhor para toda a sociedade, onze anos antes de Adam Smith o ter popularizado na Riqueza das Nações.
Ao longo da obra, são elencados diversos exemplos onde a intervenção estatal, embora aparentando boas intenções, incorre em perdas para a nação, tais como a subsidiação de certas indústrias ou os apoios públicos às exportações. Sempre com base na vivência rural com os camponeses, demonstra a forma como leis restritivas e o excesso de regulação prejudicam principalmente os mais pobres, empurrando-os para a emigração ou para a miséria.
Olhando para alguns dos problemas que Portugal hoje enfrenta, pode dizer-se que a obra, mesmo com mais de 250 anos de existência, permanece, em muitos dos aspectos que aborda, bastante pertinente e actual.
A presente tradução, disponibilizada pelo Instituto Mais Liberdade, baseou-se na edição inglesa e recorreu, sempre que tal se revelou imperativo, também ao escrito original em sueco. Esteve a cargo de João Robalo e contou com a revisão de Pedro Almeida Jorge e a colaboração de Francisco Guerreiro.
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