2022-04-20
Por +Factos
Excerto do livro "Milhões a Voar: as mentiras que nos contaram sobre a TAP": "Apesar de a TAP não ter recebido directamente dinheiro do Estado durante quase 20 anos anteriores à pandemia, a situação financeira da TAP já se vinha a deteriorar. Desde 2000, a TAP só apresentou lucros em 2 anos. Mesmo antes da pandemia, os prejuízos acumulados já tinham colocado a companhia aérea de bandeira com capitais próprios negativos, ou seja, a TAP já estava em situação de falência técnica antes do impacto da COVID-19. Apesar de não receber directamente dinheiro do Estado, só se conseguia financiar com as condições com que se financiava, porque os empréstimos tinham a garantia explícita ou implícita do Estado."
Numa altura de recuperação económica e de forte crescimento do turismo, a TAP conseguiu, ainda assim, ter um dos maiores prejuízos da sua história e, no final de 2019, tinha já o rating de lixo para emitir dívida. (...) As necessidades de injecção de dinheiro do Estado já eram patentes nessa altura e seria improvável que a TAP tivesse conseguido resistir muito mais tempo sem algum apoio público, directo ou indirecto. (...) Ironicamente, a crise sanitária acabou por ser a salvação da companhia nacional, porque o Estado português passou a ter uma desculpa para injectar dinheiro numa empresa que teria precisado dele de qualquer forma."
Recentemente foram também conhecidos os resultados da TAP S.A. para 2021. No ano passado, a companhia aérea de bandeira registou um prejuízo de 1,6 mil milhões de euros, tendo sido afectada em cerca de mil milhões de euros pelo fecho do negócio da manutenção e engenharia no Brasil (TAP ME Brasil). No entanto, mesmo excluindo a contabilização destes custos não recorrentes, o prejuízo na TAP foi de quase 600 milhões de euros.
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