2023-11-20
Por +Factos
A Argentina viveu, nas últimas semanas, uma das campanhas eleitorais mais polarizadas da sua história. Para essa realidade, muito contribuiu a profunda crise económica em que o país está mergulhado.Endividamento público excessivo que, só neste século, já levou à suspenção do pagamento da dívida por duas ocasiões (2001 e 2014), uma inflação descontrolada que superou os 140% em Outubro deste ano, face a igual período de 2022, e mais de 40% da população em situação de pobreza (9% em pobreza extrema) são alguns dos principais problemas que o país enfrenta.
Mas, a economia argentina não foi sempre frágil. Entre o final do século XIX e meados do século XX, a Argentina era uma das economias mais desenvolvidas do mundo. Em comparação com outros países da América Latina, a Argentina tinha uma democracia liberal bem estabelecida, baixa densidade populacional e abundância de terras férteis. Estes elementos atraíram imigrantes e investimentos europeus, impulsionando o crescimento da produção, das exportações e do rendimento. Ao contrário de outros países da América Latina, o desenvolvimento argentino aproximou-se dos níveis da Europa Ocidental e da América do Norte. De acordo com a base de dados do Maddison Project o país chegou a atingir, em 1896, o 6.º maior PIB per capita do planeta.
Há 100 anos, em 1922, a Argentina continuava no top-10 das economias mais ricas do mundo, à frente de países como a França, a Alemanha ou a Suécia. Mas, de então para cá, muito mudou e, em 2022, a Argentina é apenas a 68.ª economia mais desenvolvida do mundo, próxima de países como o Uruguai, S. Cristóvão e Neves, Maurícia, Montenegro, Costa Rica ou Sérvia.
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