2024-03-01
Por +Factos
🏥 Dados do Banco de Portugal revelam que as famílias portuguesas têm recorrido cada vez mais a empréstimos para pagar despesas de saúde, educação e energias renováveis. O montante dos novos contratos de crédito pessoal com finalidade educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos, cresceu 264% entre 2015 e 2023, de 39 milhões € para 141 milhões € (valores ajustados para a inflação).
De acordo com declarações ao DN/Dinheiro Vivo de Duarte Pereira Gomes, secretário-geral da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), saúde e energias renováveis são os segmentos em que os empréstimos mais cresceram desde 2015. Os empréstimos para financiar a educação tiveram uma ligeira variação, sendo que o leasing de equipamentos “nem é de se considerar”.
Também em declarações ao DN/Dinheiro Vivo, Gustavo Tatto Borges, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), alerta que o aumento do endividamento é consequência dos problemas do Serviço Nacional de Saúde, que “não está a chegar onde devia”. As despesas estarão relacionadas com “compras de medicamentos com recurso ao privado, com pagamento do próprio bolso, questões de medicina dentária e até alguns internamentos e cuidados paliativos”.
Por sua vez, Pedro Pita Barros, especialista em Economia da Saúde, diz ao DN/Dinheiro Vivo que “uma quantia importante destes empréstimos é destinada a pagar prestadores privados de saúde sem existir cobertura de seguro para as despesas”. Refere ainda que as despesas “dividem-se em cuidados em ambulatório, que inclui consultas e exames (38%), comparticipação em medicamentos prescritos (24%) e recurso a hospitais (15%)”.
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