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2021-12-22

Por +Factos

"Bazuca centralista": maioria dos empregos criados na função pública com fundos PRR (82%) são na capital

O Governo autorizou a contratação excecional de 1.295 funcionários para a gestão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Destes, 1.062 (82%) vão ser integrados em estruturas centralizadas com sede em Lisboa. Apenas 233 dos novos empregos serão destinados a funções fora da capital.
Os ministérios do Trabalho, da Justiça, da Saúde e do Ambiente são alguns dos que concentram mais empregos para execução dos projetos da bazuca europeia.

O Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) aprovou uma resolução (aprovada pelos presidentes de câmara, sem votos contra) onde refere que "o PRR reflete uma visão centralista e centralizadora, tendo arredado os municípios da sua gestão e das prioridades de intervenção".

A ANMP destaca ainda a "falta de transparência"do processo, uma vez que "parte dos fundos está comprometida sem que tivessem sido previamente conhecidos os contornos dos projetos e das entidades a apoiar", pelo que"não promove, como deveria, a coesão territorial".

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