2022-11-17
Por +Factos
Inicia-se no domingo o Mundial 2022 no Catar. Trata-se de uma das mais polémicas competições desportivas internacionais, devido à violação das mais diversas liberdades por parte do emirado. A polémica adensou-se quando foi divulgado ao mundo o pesadelo dos trabalhadores que transformaram o megalómano projecto em realidade. Uma investigação do jornal The Guardian revelou que mais de 6.500 migrantes perderam a vida no país nos últimos dez anos. Números alarmantes e incompreensíveis, mas a realidade pode ser ainda mais negra, isto porque os números apenas incluem migrantes de cinco países asiáticos (Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka), faltando comunidades significativas como as de trabalhadores provenientes das Filipinas ou do Quénia.
A The Economist, no estudo "Democracy Index", define o regime do Catar como 'autoritário' (114.º no ranking que inclui 167 países), sendo um país sem partidos políticos e sem liberdade de oposição. Trata-se de um emirado absolutista e hereditário, comandado pela Casa de Thani desde meados do século XIX.
Na liberdade de imprensa ("World Press Freedom Index", da organização Repórteres Sem Fronteiras), o Catar é 119.º em 180 países, na liberdade académica ("Academic Freedom Index", da Friedrich-Alexander-Universität – Institute of Political Science) é 153.º em 177 países, nas liberdades civis ("Freedom in the World 2022 - Civil Liberties", da Freedom House) é 180.º em 210 países e na liberdade económica ("Index of Economic Freedom 2022", da The Heritage Foundation) é 44.º em 177 países.
O único destaque menos negativo é na liberdade económica, sendo que a posição do Catar, 44ª no ranking, é relativamente próxima da portuguesa (31.º).
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