2024-05-21
Por +Factos
🇮🇷 O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, morreu no passado dia 19 de Maio, num acidente de helicóptero. Também foi confirmada a morte do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian.
Raisi tinha a alcunha de “carniceiro de Teerão” devido ao seu envolvimento na condenação à morte de cerca de 5 mil dissidentes políticos em 1988, quando integrava o Ministério Público. Desde 2021, ano em que chegou ao poder, “Raisi e o seu governo contribuíram para o caos doméstico e a incerteza, a instabilidade e a insegurança internas”, refere à CNN Eric Lob, diretor do programa de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Internacional de Miami, na Flórida, e afiliado do Instituto do Médio Oriente. “A sua chegada ao poder através de eleições fraudulentas exacerbou a crise de legitimidade do regime e a erosão da confiança social nas instituições. As suas restrições religiosas e práticas repressivas alimentaram os protestos Mulheres, Vida, Liberdade – os maiores e mais longos na história da República Islâmica. E a relutância [do governo] em reavivar o acordo nuclear face ao reforço das sanções dos EUA, combinada com uma má gestão governamental e corrupção, agravaram as adversidades económicas dentro do país”, acrescenta.
Raisi era presidente de um dos regimes menos livres e mais autoritários do mundo. A The Economist, no estudo Democracy Index, define o regime do Irão como "autoritário" (153.º no ranking que inclui 167 países). Nas liberdades civis (Freedom in the World 2024 - Civil Liberties da Freedom House) o Irão é 191.º em 210 países, na liberdade de imprensa (World Press Freedom Index da organização Repórteres sem Fronteiras) é 176.º em 180 países, na liberdade académica (Academic Freedom Index da Friedrich-Alexander-Universität – Institute of Political Science) é 167.º em 179 países e na liberdade económica (Index of Economic Freedom 2024 da The Heritage Foundation) é 169.º em 176 países.
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