2024-11-15
Por +Factos
Estudo recente do Observatório da Despesa em Saúde, “Transformação Demográfica e (Des)Acumulação de Riqueza”, revela o peso médio de diferentes ativos na riqueza total bruta dos agregados familiares portugueses com 50 e mais anos - ou seja, essencialmente da população que dentro de poucos anos se reformará. Será que estão a diversificar adequadamente as suas poupanças para a reforma?
Em Portugal, mais de três quartos da riqueza total está concentrada em habitação, bem acima do que se verifica em média na Europa (64%). Quase 80% dos agregados familiares são proprietários da habitação onde residem, acima da média na UE, o que ajuda a explicar esta concentração da riqueza em Portugal. O crescimento dos preços da habitação, que se tem verificado ao longo dos últimos anos, tem sido benéfico para estes agregados familiares que possuem habitação, uma vez que vêm os seus ativos imobiliários valorizar.
Por outro lado, os ativos financeiros têm um peso muito inferior entre os agregados portugueses com 50 ou mais anos (17,3%), em comparação com o que se verifica em média na Europa (28,3%). Se nos focarmos apenas nos ativos de maior risco, mas também maior retorno, a diferença ainda é mais significativa. Apenas 0,7% da riqueza dos agregados portugueses está investida em títulos, ações, obrigações e fundos de investimento, ao passo que na Europa essa percentagem é de 4,3% (seis vezes mais do que em Portugal). Este indicador revela uma maior aversão ao risco dos portugueses.
Nota: os países europeus incluídos na análise são a Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Países Baixos, Hungria, Itália, Polónia, Chéquia, Roménia, Suécia e Suíça.
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