2024-01-12
Por +Factos
Nos últimos dias foi muito partilhada nas redes sociais a notícia de que a riqueza líquida das famílias portuguesas cresceu 57% desde 2015, em termos nominais, de acordo com dados do Banco Central Europeu (BCE).
No entanto, em termos reais, ou seja, excluindo os efeitos da inflação, a riqueza líquida total das famílias portuguesas cresceu 24% entre o 2.º trimestre de 2015 e o 2º trimestre de 2023, sendo que nos últimos dois anos houve um acentuado decréscimo devido ao contexto de elevada inflação.
Mas, em que ativos se concentra esta riqueza das famílias portuguesas? No 2.º trimestre de 2023, 66% desta riqueza estava concentrada em bens imóveis. Estando Portugal a viver, desde 2015, um período de elevado crescimento do preço das habitações, essa realidade reflete-se na riqueza dos seus proprietários. No período em análise, a riqueza das famílias relativa aos bens imóveis cresceu 40% em termos reais, bem acima do crescimento da riqueza total. A riqueza dos restantes ativos, como por exemplo depósitos, ações, carros, etc., cresceu apenas 6%. Conclui-se, portanto, que o crescimento da riqueza das famílias entre 2015 e 2023 se deveu quase exclusivamente à valorização das suas casas.
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