Défice de competências digitais em Portugal

Portugal situa-se no último lugar do Índice Europeu de Digitalidade da Economia e da Sociedade (DESI) no que se refere a competências digitais avançadas e de desenvolvimento. Portugal tem apenas 2,4% de especialistas em tecnologias de informação e comunicação (TIC) do total de empregados, abaixo de 3,9% de média na União Europeia, e tem apenas 1,9% de licenciados nestas áreas de conhecimento, face a 3,6% na UE. A diferença é ainda mais significativa entre as mulheres, onde apenas 0,7% são especialistas em TIC, metade da UE.

Adicionalmente, Portugal está também entre os últimos lugares em termos de competências de liderança digital, que avalia a forma como as empresas impulsionam a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos nestas áreas pelos seus colaboradores, bem como a disponibilização de equipamentos que potenciem uma maior inclusão digital e modernização das empresas. 

Perante uma rápida transformação digital global, acelerada durante a pandemia, Portugal apresenta notórias fragilidades de formação e competências para enfrentar os desafios da era digital. Estes resultados contrastam com a infraestrutura tecnológica, uma vez que Portugal é o segundo país da UE com mais lares com subscrição de internet fixa com velocidade igual ou superior a 100 mbps (como apresentado na semana passada).