Desafios para se ser Mãe, em Portugal

A opção de ser mãe em Portugal apresenta vários desafios, o que se reflete sobretudo no adiamento da primeira gravidez e na redução do número de filhos face aos desejados.

As dificuldades financeiras, a precariedade no mercado de trabalho, a dificuldade de conciliação entre a vida familiar e profissional ou as precárias condições de habitação são apontados como fatores decisivos para que Portugal tenha um dos mais baixos índices de fecundidade na Europa. Estas condicionantes adiam e, por vezes, cancelam o sonho de ser mãe.

Em 2020, o índice de fecundidade fixou-se em 1,40 (uma redução face a 2019 em que o índice de fecundidade português atingia 1,43), valor que na União Europeia é apenas superior ao verificado em Malta (1,13), Espanha (1,19), Itália (1,24), Chipre (1,36), Luxemburgo (1,36), Finlândia (1,37), Polónia (1,39) e Grécia (1,39). A média no espaço comunitário fixou-se em 1,50.

De acordo com o último inquérito à fertilidade realizado pelo INE, quase metade das mães adiaram o nascimento do primeiro filho. Não por decisão própria mas porque as circunstâncias assim o obrigaram. Quase um terço das mães (29,9%) adiaram por mais do que 3 anos o nascimento do primeiro filho, sendo que apenas 30,2% tiveram o primeiro filho no momento desejado.