2024-03-27
Por +Factos
Existe uma narrativa que tenta associar a desigualdade de rendimentos à pobreza, ou seja, que quanto maior é a desigualdade de rendimentos, maior é a pobreza. Mas, será mesmo assim?
Analisando a evolução do Índice de Gini (medida de desigualdade de rendimentos) e da percentagem da população que vive com menos de 10$/dia (a preços constantes de 2017) ao longo das últimas três décadas, nos países europeus da OCDE com dados disponíveis e nos EUA e Canadá, chegamos a uma conclusão diferente.
Em 1990, a média ponderada do Índice de Gini pela população nestes países, era de 34,0, tendo subido ligeiramente (+1,1) para 35,1 em 2020. Portanto, a desigualdade de rendimentos não baixou neste período, até subiu ligeiramente.
No caso da percentagem da população a viver com menos de 10$/dia, houve um significativo decréscimo. Em 1990, 2,9% da população encontrava-se nesta situação, sendo que, em 2020, a percentagem já era quase metade (1,6%). Estes valores expurgam o efeito da inflação.
Podemos, então, concluir que nos países mais ricos, apesar da desigualdade não ter baixado desde 1990, há menos pobreza absoluta.
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