2023-05-31
Por +Factos
Em Portugal, apesar dos progressos feitos ao longo das últimas décadas, o número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social voltou a crescer nos últimos anos, devido ao impacto da crise pandémica, e atingiu cerca de 22% da população em 2021 (a percentagem mais elevada desde 2017), de acordo com dados do Eurostat. As crianças não são alheias a esta realidade e são afectadas na mesma escala.
A pobreza é um conceito relativo e indissociável da qualidade média de vida e das desigualdades económicas e sociais em determinada área geográfica. Por isso, torna-se mais relevante analisar alguns números sobre a privação em algumas dimensões fundamentais, como por exemplo na habitação, na alimentação ou na saúde.
Os número são alarmantes. Em termos de habitação, 25% das crianças portuguesas vive em casas com telhado, paredes, janelas e chão em mau estado, sendo que essa percentagem sobe para 40% no caso das crianças mais pobres. 11% vive em casas não aquecidas, por incapacidade financeira (22% no caso das crianças mais pobres).
Em termos de alimentação,4% das crianças vive em famílias sem capacidade para comprar alimentos para refeições completas e saudáveis e 2% não come sempre que tem fome, sendo que essas percentagens sobem para 10% e 8%, respectivamente, no caso das crianças mais pobres.
Na saúde, embora o acesso aos cuidados de saúde gerais seja practicamente universal, o acesso ao médico dentista ainda não é uma possibilidade para 5% das crianças portuguesas (13% entre as crianças mais pobres).
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