Dia Mundial da Liberdade de Imprensa | Jornalistas assassinados e presos

A 3 de Maio celebra-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Num momento em que a desinformação procura minar os Estados de direito democrático, a liberdade de imprensa vai sofrendo retrocessos em muitos países.
 
Os jornalistas e outros colaboradores associados à imprensa, lutam diariamente para poder exercer a sua profissão, num contexto cada vez mais difícil, e o seu número de vítimas e de aprisionamentos acaba por ser uma amostra representativa de como tem evoluindo a liberdade de imprensa a nível mundial.
 
O número de jornalistas ou colaboradores de órgãos de comunicação social (OCS) assassinados anualmente esteve em trajectória decrescente entre 2012 e 2019. Em 2012 registaram-se 144 assassinatos, ao passo que em 2019 foram 54. Nos últimos 4 anos tem havido uma estabilização dos números, na casa das cinco dezenas.
 
Mas, por outro lado, o número de detenções tem estado em trajectória crescente ao longos dos últimos anos. Em 2019 foram presos 185 jornalistas ou colaboradores de media, sendo que em 2022 foram 460. Neste momento, há 570 jornalistas ou colaboradores de media presos, em função das suas actividades jornalísticas.
 
Talvez a forma como alguns regimes autocráticos, ou outras entidades, lutam contra a liberdade de informação e contra o jornalismo se tenha alterado e, cada vez mais, optem por “vias legais” para silenciar os jornalistas, ao invés de assassinatos.
 
🇨🇳 China, 🇲🇲 Myanmar e 🇮🇷 Irão estão no top 3 dos países onde se registaram mais casos de assassinatos ou detenções de jornalistas em 2022 e no presente ano.