2023-04-21
Por +Factos
O Dia Mundia da Terra, ou Dia da Mãe Terra, celebra-se a 22 de Abril.
O combate às alterações climáticas ganha cada vez mais destaque na discussão pública. No entanto, o discurso tende a focar-se nas críticas à economia de mercado e ao próprio crescimento económico, alegando que promovem a sobre-exploração de recursos e a poluição.
É verdade que as emissões de gases com efeito de estufa (dos quais o CO2 representa cerca de 75%) têm vindo a aumentar a nível mundial: se em 2000 foram emitidas 25 mil milhões de toneladas de CO2 em todo o mundo, em 2021 foram emitidas mais de 37 mil milhões de toneladas.
No entanto, uma análise mais detalhada aos países emissores de CO2, permite-nos constatar que nos países mais desenvolvidos a tendência é para as emissões diminuírem. Esta constatação foi identificada em 1990 como a Curva Ambiental de Kuznets. “Quando um país começa a desenvolver-se, os níveis de poluição que emite vão crescendo. Mas a partir de certo momento, o crescimento económico vai permitindo a diminuição dos níveis de poluição".
Dos 39 países da OCDE ou da UE, para os quais existem dados disponíveis, 26 países (quase 70%) reduziram as emissões de CO2 entre 2000 e 2019, ao mesmo tempo que alcançaram crescimento económico (crescimento real do PIB per capita acima de 10%). Entre os restantes países registam-se casos em que não houve crescimento económico significativo (Itália e Grécia) e casos de países que ainda estavam numa fase inicial de desenvolvimento económico nesse período (Bulgária, Eslováquia, Croácia, Roménia, Turquia, Costa Rica, Colômbia, Lituânia ou Letónia). É importante referir que as emissões de CO2 estão ajustadas para o comércio internacional e são, por exemplo, consideradas as emissões na produção de produtos importados.
Portugal destaca-se, entre os países analisados, como um dos que mais reduziu as emissões de CO2 entre 2000 e 2019 (-32%).
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