2023-03-24
Por +Factos
🎒 A 24 de Março celebra-se o Dia Nacional do Estudante. Os estudantes são o futuro, mas em Portugal têm-se tornado um grupo cada vez menos representativo, o que coloca vários desafios ao país.
Essa realidade não é uma novidade, tendo em conta a expressiva redução da natalidade que se tem verificado ao longo das últimas décadas em Portugal. De acordo com dados da Pordata, entre 2000 e 2009 nasceram, em média, de 109 mil crianças por ano em Portugal, sendo que entre 2010 e 2021 nasceram apenas 87 mil.
Apesar de esperado o impacto desta redução da natalidade no número de alunos nas escolas portuguesas, os números são impressionantes. Nos últimos 10 anos lectivos com dados disponíveis, entre o ano lectivo de 2010/11 e o ano lectivo de 2020/21, houve uma quebra de 13% no número de alunos matriculados desde o ensino pré-escolar até ao ensino secundário. São menos 216 mil alunos do que há apenas 10 anos. Por nível de ensino, a maior quebra ocorreu no ensino básico, onde há actualmente menos 18% de alunos (-196 mil alunos). Um facto interessante é que, apesar desta realidade, o número de alunos no ensino secundário aumentou cerca de 2% (6 mil alunos). Esta evolução deve-se, em grande parte, ao facto da escolaridade obrigatória ter sofrido um alargamento até ao 12º ano, ou 18 anos de idade, em 2009/10 (em 2010/11 essa realidade ainda não estava totalmente reflectida nos números do ensino secundário, uma vez que quem terminou o ensino básico antes de 2009 não foi abrangido por essa extensão). Desde 2013/14 que o número de alunos inscritos no ensino secundário está também em quebra.
Estes números excluem programas de formação vocacionados para a qualificação de adultos, sendo que, caso fossem considerados esses alunos, os números seriam ainda mais expressivos (perda de cerca de 20% de alunos nos últimos 10 anos).
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