2024-01-16
Por +Factos
Um dos temas que tem estado em destaque nas últimas semanas, é a situação do Grupo Global Media, dono do Jornal de Notícias (JN), Diário de Notícias (DN), O Jogo e TSF - rádio notícias. Salários em atraso e a ameaça de despedimentos coletivos traduzem a situação crítica a que chegou o Grupo Global Media, mas as dificuldades do grupo estão, infelizmente, longe de ser um exclusivo.
O negócio da imprensa escrita tem sofrido grandes alterações (novos hábitos de consumo, menos receitas de publicidade, menos compradores de jornais, etc.), que colocam em causa modelos de negócio que funcionaram durante décadas. A adaptação ao digital é obrigatória e quem se atrasou é quem passa por maiores dificuldades.
Em alguns dos principais grupos de imprensa portugueses, o peso da circulação digital na circulação total é muito distinto. Em média, nos três primeiros trimestres de 2023, a circulação digital pesa 82% na circulação total do jornal Público, no semanário Expresso 56%, no JN, DN e O Jogo (Global Media) 22% e no Correio da Manhã, Jornal de Negócios e Record (Cofina/Medialivre) 18%. Este atraso na transição para o digital, especialmente dos grupos Global Media e Cofina/Medialivre, não é de agora; em 2018 o atraso já era enorme. Mas essa realidade reflete-se cada vez mais nos resultados financeiros.
Entre 2018 e 2022, Público e Impresa Publishing (empresa dona do Expresso e de algumas revistas) aumentaram as suas receitas, ao passo que Global Media (o grupo como um todo e, por isso os números incluem também, por exemplo, a TSF-rádio notícias) e Cofina/Medialivre (apenas o segmento imprensa) tiveram quebras enormes nas suas receitas, 29% e 28% respetivamente.
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