2024-10-06
Por +Factos
A nacionalização e a reprivatização da EFACEC continuam a dar que falar, depois de um recente relatório de auditoria do Tribunal de Contas alertar que o processo poderá resultar num rombo de 564 milhões € nas finanças do Estado.
O mesmo relatório sublinha que a nacionalização não evitou a deterioração da empresa, tendo falhado boa parte dos objetivos. “A entrada do Estado no capital não regularizou a relação com os bancos financiadores, não evitou a entrada em falência técnica e, até 2022, quase um quarto dos trabalhadores tinha deixado a empresa”, lê-se no relatório.
Duas empresas, a Moneris, S.A. e a Ernst & Young, S.A., efetuaram avaliações independentes ao valor da participação nacionalizada, em dois momentos distintos. As primeiras avaliações ocorreram em Setembro de 2020, logo após a nacionalização, e as segundas avaliações em Janeiro e Fevereiro de 2023, pouco antes da reprivatização. Se em 2020, as avaliações apontavam, respetivamente, para 49,6 milhões € e 59,9 milhões €, em 2023, fixavam-se em -226,0 milhões € e em -215,3 milhões €. Esta queda brutal do valor da participação demonstra bem o fracasso do processo.
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