2022-03-04
Por +Factos
A Europa, mesmo depois das hostilidades da Rússia contra a Ucrânia, em 2014, ainda se encontra conectada energeticamente à Rússia através de enormes gasodutos.
Cerca de um terço do consumo de gás natural na Europa provém da Rússia, e ascende a quase 40% nos 27 estados-membros da UE.
Segundo a Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia(ACER), a maioria do gás natural importado por Portugal vem da Nigéria. A segunda fonte são os EUA, seguidos da Argélia e da Rússia, em quarto lugar. A primeira vez que Portugal importou gás natural da Rússia foi em 2019.
Em geral, quanto mais a leste nos deslocarmos na Europa, maior é a dependência em importações de gás russo, na medida em que vários estados europeus do antigo Pacto de Varsóvia e da antiga União Soviética dependem fortemente da Rússia para muito do seu consumo de gás natural.
Devido a desenvolvimentos recentes, no palco geopolítico e militar, entre a Rússia e a Ucrânia, Bruxelas já negoceia com países como Qatar, Argélia e Egito, para diversificar ao máximo os fornecedores de gás natural dos seus estados-membros. Qatar, Austrália e os Estados Unidos são os países que teriam flexibilidade para produzir mais, ou redirecionar para a Europa volumes tradicionalmente direcionados para outros mercados.
Existe também uma preocupação com o abastecimento do norte da África. A Argélia fornece cerca de dois terços das importações anuais de gás de Espanha e Portugal, mas as tensões de longa data entre Argélia e Marrocos – particularmente sobre o disputado Saara Ocidental – são uma ameaça ao abastecimento.
Quanto às alternativas, segundo um estudo do think tank Bruegel, é reconhecido que “a Península Ibérica é um hub para terminais de importação de Gás Natural Liquefeito, proveniente, por exemplo, dos Estados Unidos".
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