2023-01-13
Por +Factos
As emissões de gases com efeito de estufa (dos quais o CO2 representa cerca de 75%) têm vindo a aumentar a nível mundial. Se em 2000 foram emitidas 25 mil milhões de toneladas de CO2 em todo o mundo, em 2021 foram emitidas mais de 37 mil milhões de toneladas.
No entanto, uma análise mais detalhada aos países emissores de CO2, permite-nos constatar que nos países mais desenvolvidos a tendência é para as emissões diminuírem. Esta constatação foi identificada em 1990 como a Curva Ambiental de Kuznets. “Quando um país começa a desenvolver-se, os níveis de poluição que emite vão crescendo. Mas a partir de certo momento, o crescimento económico vai permitindo a diminuição dos níveis de poluição.”
Analisando os dados sobre as emissões de CO2 e o crescimento do PIB em 16 países europeus que já passaram o máximo de emissões há alguns anos, incluindo Portugal, entre 1950 e 2018 permite-nos, de facto, chegar à mesma conclusão. Para fazer esta análise, foi necessário “homogeneizar” a amostra: os níveis de rendimento são diferentes de país para país; os níveis de emissões, também diferem imenso; o tempo que cada país demora e inverter o comportamento também é muito díspar. Assim, foi necessário trabalhar com índices, em vez de valores absolutos.
À medida que estes países foram experienciando um maior PIB per capita, as emissões de CO2 per capita foram aumentando. A partir do momento em que esses países atingiram um determinado nível de PIB per capita, as emissões per capita começaram a reduzir. A principal explicação para esta evolução prende-se com o facto de que, à medida que o rendimento de um país vai aumentando, vai sendo possível inovar e implementar tecnologias cada vez mais limpas na produção de bens e serviços, bem como a reversão de danos já causados. Os níveis de rendimento mais altos também vão financiando a crescente investigação na procura de soluções tecnológicas cada vez mais amigas do ambiente.
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