2023-11-23
Por +Factos
🇪🇸 Quatro meses depois de terem ido às urnas, os espanhóis têm finalmente governo. Apesar de não ter sido o partido votado nas eleições, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), liderado por Pedro Sánchez, chumbou a investidura do partido vencedor, o Partido Popular (PP), e, nas últimas semanas, fechou um acordo com os independentistas da Catalunha – passando uma borracha pelas acusações aos envolvidos nas tentativas de autodeterminação da Catalunha, na última década –, em troca de votos que lhe garantem a investidura.
A Espanha tem vivido um período de enorme instabilidade política, há quase uma década. Eleições e investiduras em catadupa, incapacidade governativa, acordos polémicos e insatisfação nas ruas. Os últimos nove anos em Espanha não têm sido fáceis, politicamente.
Durante este período, em média, a Espanha teve uma eleição legislativa a cada 1 ano e 10 meses, isto é, 5 eleições em apenas 9 anos (2015, 2016, 2019 x2 e 2023). Nos 38 anos anteriores, entre 1977 e 2014, houve uma eleição legislativa a cada 3 anos e 5 meses (11 eleições), ou seja, praticamente o dobro do espaçamento temporal do que se verificou nos últimos nove anos.
O fraco desempenho da economia espanhola nos últimos quinze anos (PIB per capita, a preços constantes, está praticamente ao mesmo nível de 2007), após um período de enorme crescimento económico, terá certamente contribuído para a perda de votos por parte dos principais partidos espanhóis, tornando a obtenção de maiorias parlamentares muito mais complicada e criando uma enorme instabilidade política.
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