Mais Liberdade
  • Facebook
  • X / Twitter
  • Youtube
  • Instagram
  • Linkedin

2024-01-22

Por +Factos

Estrutura de rendimentos do eleitorado em Portugal

61% do eleitorado português tem os seus rendimentos diretamente dependentes do Estado, mais 27 pontos percentuais do que se verificava em 1980. O país mudou ao longo das últimas quatro décadas, está mais envelhecido, embora isso não explique tudo, e, hoje, a maioria dos adultos portugueses vive na dependência do Estado. Com todas as implicações que isso tem relativamente às prioridades de quem nos governa e colocando em causa muitas das reformas necessárias para o nosso país.

Em 1980, de acordo com os cálculos de Vítor Bento, economista e atual Presidente da Associação Portuguesa de Bancos, 34% da população adulta portuguesa tinha rendimentos dependentes do Estado, sobretudo pensionistas (25%), seja da Segurança Social (SS) ou Caixa Geral de Aposentações (CGA), e funcionários públicos (7%), seja das Administrações Públicas (AP) ou do Setor Empresarial do Estado (SEE).

Em 2022, a realidade é muito diferente. Usando a mesma metodologia de Vítor Bento, verificamos que 61% dos adultos portugueses tem rendimentos dependentes do Estado, seja este o pagador direto dos mesmos (50%), seja o decisor do rendimento pago pelo setor produtivo (11% recebe salário mínimo, fixado pelo Estado).

A população está mais envelhecida e, naturalmente, os pensionistas continuam a ser o grupo maioritário (35%), mas o seu peso no total de dependentes até diminuiu. Em 1980 era de 71% e em 2022 tinha baixado para 58%. Ou seja, o aumento da dependência do Estado vai para além do envelhecimento populacional. Os funcionários públicos pesam hoje 11% no total da população adulta portuguesa, 3% recebem o Rendimento Social de Inserção (RSI), que não existia em 1980, e 11% recebem o Salário Mínimo Nacional (dependentes indiretos do Estado que representavam apenas 2% da população adulta em 1980). O peso dos beneficiários do Subsídio de Desemprego continua a ser residual, próximo de 1%, tanto em 1980 como em 2022.

Algumas notas metodológicas: o denominador do gráfico não é o número de eleitores, mas sim a população residente com 18 ou mais anos, uma vez que Vítor Bento considera que o número de eleitores está desfasado da realidade; foi considerado apenas 85% da soma das pensões, porque há alguns casos em que um pensionista recebe mais do que uma pensão.

Instituto +Liberdade

Em defesa da democracia-liberal.

info@maisliberdade.pt
+351 936 626 166

© Copyright 2021-2024 Instituto Mais Liberdade - Todos os direitos reservados

Este website utiliza cookies no seu funcionamento

Estas incluem cookies essenciais ao funcionamento do site, bem como outras que são usadas para finalidades estatísticas anónimas.
Pode escolher que categorias pretende permitir.

Este website utiliza cookies no seu funcionamento

Estas incluem cookies essenciais ao funcionamento do site, bem como outras que são usadas para finalidades estatísticas anónimas.
Pode escolher que categorias pretende permitir.

Your cookie preferences have been saved.