2025-04-24
Por +Factos
A abstenção nas eleições em Portugal tem aumentado de forma consistente nos diferentes atos eleitorais, ao longo das últimas décadas, mas, a tendência inverteu nas duas últimas eleições legislativas e também nas últimas eleições europeias (as três últimas eleições de carácter nacional em Portugal).
Em 1975 decorreram as primeiras eleições legislativas pós-25 de Abril. Com apenas 9% de abstenção, foi o ato eleitoral com uma participação dos eleitores mais significativa. Em 1976, para as presidenciais, 25% dos eleitores ficou em casa e, nas eleições autárquicas cerca de 35%.
Números muito inferiores aos registados nos últimos anos, onde nas presidenciais (2021) e nas europeias (2024) a taxa de abstenção ultrapassou os 60%. As autárquicas e as legislativas têm registado mais participação, mesmo assim com taxas de abstenção a chegarem perto, ou a ultrapassarem mesmo, os 50%.
No entanto, os últimos atos eleitorais mostram que podemos estar a inverter esta tendência. Nas últimas eleições legislativas (2024), a taxa de abstenção baixou para os 40% (em 2019 tinha-se fixado em 51%, a taxa de abstenção mais elevada desde o 25 de Abril, neste tipo de ato eleitoral).
Desagrado relativamente ao sistema eleitoral e/ou modelo de democracia vigentes, a não identificação com nenhum programa dos partidos ou candidatos, o protesto contra alguma lei ou leis que originam descontentamento populacional ou a qualidade das campanhas eleitorais (clima de violência verbal, arremesso partidário ou de carácter, etc.), são alguns dos motivos que normalmente afastam os cidadãos das urnas.
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