Mais Liberdade
  • Facebook
  • Twitter
  • Youtube
  • Instagram
  • Linkedin

2022-10-06

Por +Factos

Evolução dos tempos de espera para cirurgias no SNS

 A saúde e o SNS têm sido tema de destaque em Portugal nos últimos meses, alvo de crítica por vários sectores políticos e da sociedade, tendo provocado a demissão da ministra da saúde, Marta Temido. A ministra viu-se a braços com uma série de polémicas, com urgências fechadas, falta de médicos nos hospitais, adiamento de consultas e exames, demoras na resposta de emergência do INEM e casos de mulheres grávidas que sofreram complicações devido à incapacidade do SNS em dar resposta às solicitações.

A evolução da capacidade de resposta do SNS ao longo da última década tem sido preocupante. A percentagem de pacientes que esperam mais de 3 meses entre a avaliação clínica feita pelo especialista e o respectivo tratamento, disparou em todas as áreas para as quais a OCDE tem dados disponíveis para Portugal. A título de exemplo, no tratamento das cataratas, em 2021, a percentagem de pacientes que esperavam mais de 3 meses entre a avaliação clínica feita pelo especialista e o respectivo tratamento era de 49% (em 2010 era de 28%). No caso das cirurgias ao joelho, a percentagem subiu de 63% para 76%, nas cirurgias à anca subiu de 43% para 59%, na colocação de bypass coronário (uma área clínica que exige maior urgência) passou de 7% para 20%, etc.

Outro aspecto que é muito interessante constatar, é que a percentagem de pacientes que esperam mais de 3 meses entre a avaliação clínica feita pelo especialista e o respectivo tratamento baixou entre 2019 e 2021. A explicação estará no impacto que a pandemia de Covid-19 teve no adiamento de consultas e exames de diagnóstico, bem como na quebra na referenciação nos cuidados de saúde primários, que levou à redução do número de novas entradas para as listas de espera durante o período pandémico.

A pandemia de Covid-19 teve um impacto tremendo na saúde em Portugal, principalmente no ano de 2020, uma vez que foram adiadas milhares de consultas (consultas presencias baixaram 39% em 2020 face a 2019) e exames (quebra de 19%), que se vêm a refletir na redução das listas de espera para cirurgia.Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, realça que “em 2020, o ano em que mais doentes ficaram para trás, as listas de espera para cirurgia diminuíram. Porquê? Porque cerca de 30% a 50% dos doentes nem sequer entraram no sistema, ou seja, os hospitais tiveram uma quebra na referenciação nos cuidados de saúde primários”.

Instituto +Liberdade

Em defesa da democracia-liberal.

info@maisliberdade.pt
+351 936 626 166

© Copyright 2021-2024 Instituto Mais Liberdade - Todos os direitos reservados

Este website utiliza cookies no seu funcionamento

Estas incluem cookies essenciais ao funcionamento do site, bem como outras que são usadas para finalidades estatísticas anónimas.
Pode escolher que categorias pretende permitir.

Este website utiliza cookies no seu funcionamento

Estas incluem cookies essenciais ao funcionamento do site, bem como outras que são usadas para finalidades estatísticas anónimas.
Pode escolher que categorias pretende permitir.

Your cookie preferences have been saved.