2022-12-23
Por +Factos
A crise pandémica colocou bastante pressão nos sistemas de saúde. Mas o impacto foi diferenciado em cada país, consoante as fragilidades de cada sistema de saúde e o modo como a pandemia e respectivas restrições implementadas impactaram no acesso aos serviços de saúde.
Portugal foi um dos países europeus com maior disrupção nos serviços de saúde durante a pandemia, de acordo com oHealth at a Glance 2022, da OCDE. Portugal foi o 4.º país europeu onde mais se reduziram as cirurgias relacionadas com cancro entre 2019 e 2020 (-21%), sendo que na Suíça, o país com melhor desempenho, apenas baixaram 4%. No caso dos internamentos em hospitais devido a perturbações mentais, Portugal foi o 6.º país onde houve maior decréscimo (-22%), também muito distante da Suíça (-4%).
Para além destes serviços, houve também um decréscimo significativo nas cirurgias ao joelho e à anca (-20%), no tratamento de doença crónica (-12%) e nos diagnósticos através de tomografia ou ressonância magnética (-6%).
A gestão da crise pandémica teve um grande impacto na saúde dos portugueses, principalmente em 2020. O adiamento de milhares de consultas (consultas presencias baixaram 39%) e exames (quebra de 19%) conduziu ao atraso no diagnóstico e tratamento de doenças. Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, realça que “2020 foi o ano em que mais doentes ficaram para trás. Cerca de 30% a 50% dos doentes nem sequer entraram no sistema, ou seja, os hospitais tiveram uma quebra na referenciação nos cuidados de saúde primários”.
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