2022-09-01
Por +Factos
“No mundo académico, há um consenso crescente de que o aumento da liberdade económica está correlacionado com resultados positivos para as pessoas em países de todo o mundo", disse Robert A. Lawson, Professor de Economia na Southern Methodist University e autor do estudo Economic Freedom in the Literature - What Is It Good (Bad) For?.
A liberdade económica - a capacidade dos indivíduos tomarem as suas próprias decisões económicas livremente com reduzida intervenção do Estado e de terceiros - é por vezes apresentada, especialmente em Portugal, como algo negativo, que funciona somente em benefício da população com maiores rendimentos ou empresas e que, por esse motivo, teria um impacto negativo na sociedade (sobretudo ao nível dos desequilíbrios sociais). No entanto, os estudos académicos desmentem este preconceito.
A liberdade económica produz um crescimento económico mais rápido, padrões de vida mais elevados e até uma maior felicidade, à medida que as pessoas ganham controlo sobre as suas vidas, de acordo com a ampla análise de investigação que serviu de fonte a esta infografia.“A investigação não só revela que a liberdade económica aumenta a prosperidade e crescimento económico, mas também conduz a impactos positivos em várias outras áreas da sociedade”, refere Lawson.
O estudo analisou e consolidou 721 estudos académicos que investigam o impacto da liberdade económica em diversas áreas da sociedade, publicados entre 1996 e 2022 e listados pelo Social Science Citations Index (SSCI), tendo chegado à conclusão de que a liberdade económica tem um impacto positivo na maioria das áreas fundamentais de uma sociedade. A avaliação da liberdade económica de um país tem em conta a análise das suas políticas e instituições, avaliando indicadores tais como a regulamentação, a dimensão do governo, os direitos de propriedade, a abertura comercial, as despesas governamentais, os impostos, entre outros parâmetros.
Mais de 50% dos artigos evidenciaram boas correlações entre liberdade económica e bons resultados nas principais áreas da sociedade (crescimento económico mais rápido, padrões de vida mais elevados, conflitos reduzidos, etc.) enquanto cerca de 45% relataram resultados nulos/mistos/incertos. Apenas um em cada 20 artigos demonstrou piores resultados.
Das 12 áreas fundamentais analisadas, em 8 delas a maioria dos estudos académicos (pelo menos 50% dos estudos analisados) apontam para um impacto positivo da liberdade económica. Nas restantes 4 áreas fundamentais, continuam a ser mais os estudos a apontar a um impacto positivo do que os estudos a apontar a um impacto negativo. O impacto positivo da liberdade económica é especialmente positivo em áreas fundamentais como a imigração, o rendimento e a produtividade, o crescimento económico ou o empreendedorismo, mas tem também impacto positivo na redução das desigualdades sociais, na diminuição da corrupção, na promoção dos direitos humanos ou em termos ambientais (áreas onde normalmente surge mais oposição à implementação de medidas que promovam a liberdade económica). "Indivíduos e famílias, quando livres para o fazer, tomam as melhores decisões por si próprios, ao invés das elites ou governos demasiado poderosos", refere Lawson.
Consulta o estudo em https://loom.ly/8EOvJt0
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