2022-06-23
Por +Factos
Os portugueses são quem faz maior esforço para comprar habitação entre todos os países da OCDE.
Em 2021, Portugal ocupava a primeira posição no índice do esforço para comprar habitação, acompanhado pelo Luxemburgo e Áustria no top 3. Este índice reflecte o preço nominal das habitações dividido pelo rendimento nominal disponível per capita e pode ser considerado como uma medida de esforço económico para adquirir habitação.
Portugal foi também um dos países onde o índice mais cresceu entre 2017 e 2021 (29,8%). Entre o top 20 dos países onde o esforço é maior para comprar a habitação foi a 2.ª maior taxa de crescimento, logo após o Luxemburgo (31,3%).
O preço das habitações disparou ao longo da última década em Portugal, em grande parte devido à escassez que existe no mercado (a existência de uma procura superior à oferta inflaciona naturalmente os preços), e devido à pressão exercida pelo turismo, sobretudo nas maiores cidades do país. Por outro lado, os rendimentos dos portugueses cresceram a um ritmo lento neste período, tornando a aquisição de habitação um sonho quase inalcançável para grande parte da população. Com a inflação a atingir valores históricos e com a subida das taxas de juro no crédito à habitação, que se começa a verificar (e com previsão de forte crescimento nos próximos meses), o panorama não irá certamente melhorar.
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