2024-07-08
Por +Factos
Um aumento salarial ao nível da inflação, sem a atualização dos escalões de IRS, pode resultar numa redução do poder de compra.
O exemplo fictício apresentado envolve um trabalhador sem dependentes, com um salário bruto mensal de 1.000 €, que recebe um aumento de 3%, equivalente à inflação. É utilizada a tabela de IRS em vigor e considerada uma dedução específica de 4.104€ anuais.
O aumento salarial bruto de 3% corresponde a +420€ anuais. Parte desse aumento é descontado para a Segurança Social (-46€) e outra parte para o IRS (-76€), resultando num aumento do salário líquido de +298€ anuais. No entanto, a inflação reduz o poder de compra do aumento salarial. No exemplo em questão, o impacto da inflação no poder de compra é de -331€, fazendo com que o poder de compra efetivo do trabalhador seja reduzido em -33€. O impacto no poder de compra seria nulo se a tabela de IRS fosse atualizada em linha com a inflação.
A taxa efetiva de IRS passa de 10,1% para 10,3%, provocando a referida perda de poder de compra.
A conclusão é de que, a não atualização dos escalões de IRS em linha com a inflação pode resultar numa diminuição do poder de compra, mesmo quando o salário é aumentado para compensar a inflação.
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