2023-12-07
Por +Factos
🏡 Excerto do livro Trancas à Porta: Desfazendo mitos sobre a crise da habitação:
“Em Portugal, não só o mercado de arrendamento é pequeno, como uma boa parte daquele que existe está concentrado em contratos de longa duração, difíceis de romper. Cerca de 23% dos contratos de arrendamento em Portugal têm mais de 20 anos e 13% têm mais de 40 anos, muitos com rendas muito baixas devido a congelamentos de rendas impostos ainda no tempo do Estado Novo. Na prática, não há grande diferença entre estes contratos de arrendamento e a detenção de casa própria. Esses congelamentos de renda permitiram que rendas muito baixas se prolongassem no tempo o que, aliado à quase impossibilidade de despejo, resultou, na prática, numa efetiva transmissão de propriedade do senhorio para o inquilino.
Esta preponderância de contratos antigos com restrições ao aumento de rendas e dificuldade em despejar resultou num mercado de arrendamento dual. Um jovem que hoje abra um site imobiliário com o objetivo de arrendar uma casa dificilmente verá muitas opções abaixo dos 400 euros por mês. No entanto, se olharmos para os contratos de arrendamento em vigor, cerca de 70% têm valores abaixo dos 400 euros e apenas 8% têm valores acima de 650 euros. A ideia sobre o mercado de arrendamento é completamente distinta se olharmos para os anúncios de novos arrendamentos e para a realidade dos contratos em vigor”.
📘 Consulta esta e outras análises no livro Trancas à Porta: Desfazendo mitos sobre a crise da habitação, de Carlos Guimarães Pinto, Juliano Ventura, André Pinção Lucas e Filipa Osório, à venda em habitacao.maisliberdade.pt
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