2022-08-03
Por +Factos
Os últimos dias têm sido marcados pela divulgação dos resultados do primeiro semestre de 2022 por parte das grandes empresas nacionais. O facto de grande parte destas empresas, especialmente dos sectores da energia, retalho e banca, terem apresentado um crescimento considerável dos lucros, tem levado a que alguns quadrantes políticos, inclusive o governo, defendam a taxação destes “lucros extraordinários”.
Mas, será que as grandes empresas nacionais são mesmo quem mais beneficiou com o contexto de crescimento elevado da inflação? As grandes empresas portuguesas totalizaram um aumento de lucro de quase 900 milhões de euros no 1.º semestre de 2022, face ao mesmo período do ano anterior, para o qual a subida da inflação terá tido impacto, bem como o aumento de lucros provenientes da actividade realizada noutros países (taxados nas respectivas geografias), e também outros aspectos inerentes a cada negócio. Ainda assim, este número fica muito distante (6 vezes menor) do aumento total da receita fiscal do Estado no mesmo período (5.262 milhões de euros).
A receita fiscal do Estado português no 1.º semestre está muito acima do previsto no Orçamento do Estado (OE) para 2022. O OE previa um crescimento de 7% da receita fiscal em 2022, face a 2021, no entanto, nos 6 primeiros meses do ano a receita fiscal cresceu 30% face a igual período de 2021. Este cenário verifica-se num momento de significativa perda do poder de compra dos portugueses.
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