2022-02-16
Por +Factos
Estudo da Fundação Gulbenkian e do Instituto de Ciências Sociais evidencia reduzidos hábitos de leitura dos portugueses.
José Machado Pais, um dos coordenadores do estudo, realça que a maioria dos inquiridos “não beneficiou do estímulo à leitura gerado em contexto familiar”, algo evidente pela elevada percentagem daqueles que na infância e adolescência nunca foram a uma livraria (71%), a uma biblioteca (77%) ou a uma feira do livro (75%).
Além disso, cerca de metade nunca recebeu um livro (47%) ou são parte daqueles a quem ninguém leu uma história em criança (54%).
O investigador destaca ainda a vertente socioeconómica como alavanca para promover melhores hábitos de leitura: "Os mais assíduos leitores de livros são os que têm ensino superior ou cujos pais o atingiram".
Em referência aos resultados deste inquérito, que avalia também outros hábitos culturais dos portugueses, o jornal Expresso resume que "as desigualdades territoriais e socioeconómicas moldam, marcam e delimitam as práticas e os hábitos culturais dos portugueses". Acrescenta que Portugal está "refém de ordenados baixos, e de fortes desigualdades sociais e educacionais no que toca ao acesso à cultura".
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