2022-05-16
Por +Factos
Em Portugal, a excessiva carga fiscal, o excesso de burocracia, as dificuldades de acesso a financiamento, entre outros constrangimentos que os agentes económicos enfrentam, contribuem para que a margem de lucro das empresas seja reduzida, bem como o incentivo ao investimento e ao empreendedorismo. Reduzidas margens de lucro limitam não só a distribuição de dividendos pelos seus proprietários, como também condicionam o aumento da empregabilidade, os aumentos salariais, a inovação e a capacidade de reinvestimento em prol da economia e da sociedade. Tudo isto reflecte-se, posteriormente, na fraca competitividade internacional (face aos países mais desenvolvidos) da economia portuguesa e do seu tecido empresarial.
No último trimestre de 2021, a margem de lucro bruta das empresas não financeiras (expressa pelo excedente bruto de exploração em percentagem do valor acrescentado bruto) em Portugal era de 34%, muito abaixo da média na União Europeia (42%). Esta é, aliás, uma diferença que se tem vindo a acentuar durante a governação de António Costa. No 3.º trimestre de 2015 (final da governação de Pedro Passos Coelho), a margem de lucro bruta das empresas portuguesas estava acima da média das empresas na UE (43% vs. 41%), no entanto, enquanto a média comunitária se manteve estável nos últimos anos, em Portugal verificou-se uma queda significativa.
Os dados permitem também verificar que as empresas portuguesas sentiram muito mais o impacto das medidas restritivas relacionadas com a pandemia da Covid-19, especialmente no primeiro confinamento. A margem de lucro bruta das empresas portuguesas baixou significativamente mais do que a média das empresas na UE no 2.º trimestre de 2020.
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