2022-11-24
Por +Factos
Hoje celebra-se o Dia Mundial do Empresário. Em Portugal, grande parte dos empresários são micro-empresários. Estas micro-empresas são as mais penalizadas com a subida das taxas de juro, que já se iniciou e que se vai intensificar nos próximos meses em Portugal. A contínua subida dos juros deverá ter um impacto duas vezes superior nas contas das micro-empresas, quando comparado com as médias e grandes empresas.
De acordo com uma simulação apresentada pelo Banco de Portugal, o aumento do custo com juros que as empresas enfrentarão até Julho de 2023, ascende a 1.188 milhões de euros, caso as taxas de juro dos empréstimos bancários aumentem 1,58 pontos percentuais, como o mercado está a antecipar que venha a acontecer.
Nas contas das empresas, assumindo a mesma variação de taxa para o encargo total com juros, isto traduz-se num aumento de custos correspondente a 5,3% do EBITDA de 2019 (para evitar distorções da crise pandémica), um rácio que ficará entre os valores verificados em 2015 e 2016. Todavia, são as micro-empresas que mais sofrerão com o aumento do custo de financiamento bancário. Na simulação do Banco de Portugal, a subida de 1,58 pontos percentuais da taxa de juro terá um custo equivalente a 8,7% do EBITDA nas suas contas, cerca do dobro dos 4,3% que sentirão as médias empresas e dos 4,4% das grandes empresas.
É importante referir que as micro-empresas representam 96% do tecido empresarial português (cerca de 1,2 milhões de empresas), 44% do emprego (1,9 milhões de trabalhadores) e o seu volume de negócios representa 36% do PIB português (72 mil milhões €). Ou seja, uma grande parte do tecido empresarial português irá enfrentar um aumento do custo de financiamento bancário equivalente a quase 9% do EBITDA.
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