2023-02-15
Por +Factos
⛏️ Para limitar os efeitos das alterações climáticas, grande parte dos países, a nível mundial, tem apostado na transição energética para energias mais limpas, deixando para trás os combustíveis fósseis. No entanto, essa transição energética tem aumentado a procura de diversos minerais, como o lítio, os metais de terras raras, o cobalto, o níquel ou o cobre.
Um relatório da Agência Internacional de Energia destaca que as exigências de minerais são muito maiores nas tecnologias de energia limpa do que nas soluções movidas a combustíveis fósseis. Um veículo eléctrico típico, por exemplo, requer seis vezes mais minerais do que um carro convencional, e um parque eólico necessita de nove vezes mais matérias-primas do que uma central eléctrica movida a gás.
Tendo em conta a maior dependência mundial de minerais, importa perceber quem os produz/extrai e quem os processa. Em todos os minerais acima mencionados há uma elevada concentração da produção e processamento, sendo que no top-3 mundial dos principais países produtores ou países onde é feito o processamento do lítio, metais de terras raras, cobalto, níquel e cobre, há pelo menos um país não democrático em todos os casos (de acordo com oDemocracy Index 2022). A nível de processamento, a 🇨🇳 China lidera o ranking nos 5 minerais, sendo que, por exemplo, no caso dos metais de terras raras representa 87% do processamento mundial. Outros países não democráticos têm também uma grande preponderância no fornecimento destes minerais, essencialmente ao nível da produção, como por exemplo a 🇷🇺 Rússia, 🇲🇲 Myanmar ou a 🇨🇩 República Democrática do Congo. Sendo estes minerais tão importantes para a transição energética, o mundo fica bastante dependente de países não-democráticos. No entanto, essa também já é uma realidade no caso dos combustíveis fósseis.
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