Nível de aceitação da adesão da Finlândia e da Suécia à NATO

Os embaixadores da Finlândia e da Suécia à NATO formalizaram, no dia 18 de Maio em Bruxelas, a intenção, já anunciada pelos respectivos governos, de adesão dos seus países à Aliança Atlântica. É o fim da neutralidade militar que durou décadas. A localização geográfica e as relações do passado com a União Soviética, sempre afastaram a Finlândia e também a Suécia da NATO, mas a invasão russa da Ucrânia veio mudar tudo. A adesão à Aliança Atlântica colocará a Finlândia e a Suécia sob a égide do artigo 5º, que fornece uma garantia colectiva contra qualquer agressão externa, exigindo que cada nação tome as medidas necessárias, incluindo o uso de forças armadas, para restaurar e manter a segurança da área de todos os países aliados.

No final de 2021, mais de três em cada quatro finlandeses eram contra a adesão à NATO. A tendência de décadas mudou imediatamente após o ataque à Ucrânia: 53% declararam-se a favor da adesão no primeiro inquérito pós invasão, publicado quatro dias depois da entrada de tropas russas em solo ucraniano. Desde então, os sucessivos inquéritos encomendados pela televisão pública finlandesa mostram um aumento continuado da posição favorável, tendo atingido 76% da população adulta em Maio. Em termos parlamentares, dos 200 deputados nacionais, 188 votaram a favor da adesão.

O apoio do povo sueco seguiu uma tendência semelhante. De Janeiro a Maio de 2022, o número de suecos a favor da adesão à NATO aumentou de 37% para 48%. Dos oito partidos representados no parlamento sueco, seis são a favor da adesão.