2022-10-28
Por +Factos
🇧🇷 Um tema que tem marcado a campanha para as eleições presidenciais no Brasil é a pobreza, em que boa parte da população está mergulhada.
O Brasil é um dos países mais pobres da América do Sul, sendo que, de acordo com a Medida de Pobreza Multidimensional(MPM) do Banco Mundial, 6,1% das famílias brasileiras vive numa situação de pobreza multidimensional. Ou seja, uma situação de pobreza que vai para além das privações monetárias extremas, incluindo privação no acesso à educação, a bens/serviços básicos, a infraestruturas básicas, etc.
Apesar de o Brasil ter bons índices relativamente ao acesso das crianças à educação (melhor desempenho entre os 9 países da América do Sul analisados) e no acesso a electricidade (3.º), o desempenho nas restantes categorias é bastante pobre (segunda metade da tabela). É o 5.º pior país no acesso a água potável, o 3.º pior em termos de pobreza monetária extrema (percentagem de famílias que vive com menos de 2,15$ por dia e por pessoa, em paridade de poderes de compra) e o pior em termos de percentagem de adultos sem ensino primário (em 15% das famílias nenhum adulto completou o ensino primário) e no acesso a saneamento básico (34,3% das famílias brasileiras sem acesso).
Os países com melhor desempenho na América do Sul são o 🇺🇾 Uruguai e o 🇨🇱 Chile, com 1% ou menos das famílias em situação de pobreza multidimensional, sendo que no fundo da tabela se encontram o 🇪🇨 Equador e o 🇵🇪 Peru, com cerca de 7% da população em situação de pobreza multidimensional.
De acordo com o Banco Mundial, a importância de medir a pobreza de forma multidimensional prende-se com o facto de ,“embora a pobreza monetária esteja fortemente correlacionada com as privações noutros domínios, esta correlação está longe de ser perfeita”. O relatório Poverty and Shared Prosperity 2022 (Banco Mundial, 2022) mostra que quase 4 em cada 10 indivíduos multidimensionalmente pobres (39 por cento), não são capturados pela pobreza monetária, uma vez que são privados apenas em dimensões não-monetárias.
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