2023-09-29
Por +Factos
O ano letivo 2023/24 arrancou esta semana e, mais uma vez, a falta de professores é tema de destaque. São cerca de 80 mil estudantes sem professor a uma ou mais disciplinas. Zona sul do país é a mais afetada com falta de docentes, mas o problema alastra-se a todas as regiões.
O problema deverá agravar-se ainda mais até ao final desta década, até ao ano letivo 2030/31. Tendo por base as estimativas do “Estudo de diagnóstico de necessidades docentes de 2021 a 2030”, da DGEEC e da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, entre os anos letivos 2022/23 e 2030/31 irão aposentar-se cerca de 38 mil professores.
Tendo em conta que o número médio anual de nascimentos ao longo da última década é substancialmente menor do que se verificava antes desse período em Portugal e que, consequentemente, há cada vez menos crianças em idade escolar, o número necessário de professores que é preciso recrutar até 2030/31, é inferior ao número de professores que se irão aposentar. De acordo com o mesmo estudo, são cerca de 31 mil professores.
No entanto, mantendo-se a média anual de novos professores formados, que se verificou entre 2015 e 2022 (1.668), apenas serão formados mais 13 mil professores até 2030/31. É menos de metade das necessidades de recrutamento. Se considerarmos que o número anual de professores formados aumentará em 50% (de acordo com declarações recentes do Secretário de Estado do Ensino Superior, a procura por cursos de educação no ensino superior aumentou 45% nos últimos dois anos), poderão ser formados 20 mil professores, ainda assim um número muito abaixo das necessidades de recrutamento.
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