2021-07-30
Por +Factos
Sociedades anglo-saxónicas são as mais generosas, segundo o World Giving Index do Charities Aid Foundation (CAF), que compilou os resultados de mais de um milhão de entrevistas realizadas entre 2009 e 2018, sobre as atitudes de solidariedade realizadas pelos cidadãos (ajudar estranhos, doar dinheiro, ou praticar voluntariado). Entre os 7 países mais generosos do mundo, apenas um não é anglo-saxónico (Myanmar). Além do Myanmar, entre os 20 primeiros classificados encontram-se vários países pobres: Sri Lanka, Indonésia, Quénia, Libéria e Serra Leoa. Por outro lado, existem também economias desenvolvidas (ainda que com menor peso) nos últimos lugares, como é o caso do Japão em 107.º lugar. Assim, o nível de generosidade é ditado, não apenas pela prosperidade económica, mas também por características culturais, históricas e religiosas de cada sociedade.
EUA
Myanmar
Nova Zelândia
𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹: 88.º classificado (em 126 países), que coloca a sociedade portuguesa entre as menos generosas e solidárias do mundo. À questão "Praticou voluntariado em alguma organização no último mês?", apenas 14% dos entrevistados portugueses respondeu positivamente (comparando com cerca de 25% a nível mundial e 42% nos EUA). 20% afirmou ter doado dinheiro a uma instituição de caridade no mês anterior (face a 71% do Reino Unido, o primeiro classificado europeu, e 81% de Myanmar, o líder nesta dimensão de análise), e 42% ajudou um estranho ou alguém que precisava de ajuda nesse mesmo período, a dimensão em que Portugal ficou mais próximo da média mundial (48%). Se olharmos para os resultados mais recentes do World Giving Index (edição de 2021), que incide sobre o período pandémico (e que, por esta razão, não foi destacado nesta análise), o resultado é ainda mais preocupante: Portugal está no penúltimo lugar, ainda que as elevadas restrições de circulação (que não afetaram todos os países da mesma forma), poderão justificar uma parte deste resultado.
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