2023-03-13
Por +Factos
A galopante subida dos preços está a fazer com que os hábitos alimentares dos portugueses estejam a mudar.
Em 2022, atingiram-se taxas de inflação que já não se registavam há várias décadas, mas nos bens alimentares a subida dos preços tem sido ainda mais pronunciada. A taxa de inflação dos produtos alimentares não transformados atingiu os 20,1% em Fevereiro deste ano, face ao período homólogo de 2022 (últimos dados disponíveis). Aliás, há dez meses que a taxa de inflação dos bens alimentares está nos dois dígitos e atinge agora a taxa mais elevada desde Maio de 1990.
Este contexto tem contribuído para que os portugueses tenham travado a fundo no consumo de bens alimentares. Após ajustamentos para a inflação, as despesas de consumo de bens alimentares desceram 2,3% em 2022 face ao ano anterior. O valor despendido pelas famílias portuguesas até aumentou uns expressivos 9,7%, mas consumiram, ou trouxeram para casa menos bens alimentares.
Em termos trimestrais, todos os períodos de 2022 têm apresentado a mesma tendência mas foi no 4.º trimestre de 2022 que a quebra, face ao mesmo período do ano anterior, foi mais significativa (-3,0%). Estes número são ainda mais expressivos do que os registados entre 2011 e 2012, período em que Portugal estava sob intervenção externa da Troika.
Esta nova realidade vem pouco tempo depois de um período marcado por um aumento significativo do consumo de bens alimentares. Durante os 2 principais confinamentos, relacionados com a pandemia Covid-19, (2.º trimestre de 2020 e entre o final de 2020 e início de 2021), o consumo de bens alimentares atingiu valores recorde, efeito que se foi diluindo ao longo de 2021.
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