2023-10-21
Por +Factos
Excerto do livro Trancas à Porta: Desfazendo mitos sobre a crise da habitação:
“A queda da construção de novas casas teve um efeito drástico na idade média das casas em Portugal. Se definirmos “casa nova” como uma casa construída nos últimos 20 anos, em 2011 39% da população viva em casas novas, mas, em 2021 apenas 23% da população vivia em casas novas. Já o número de pessoas a viver em casas com mais de 40 anos subiu de 25% para 38%.
Se o atual ritmo de construção se mantiver, nos censos de 2031 poderemos ter apenas 6-8% da população a viver em casas novas e mais de metade da população a viver em casas com mais de 40 anos. Como as casas novas tendem a ter mais qualidade e a estarem mais adaptadas às necessidades da vida moderna, isto significará uma deterioração da qualidade de vida. As reabilitações e reconstruções podem ajudar a ultrapassar este problema, mas a sua capacidade é limitada por questões estruturais da própria casa.
Em 2031, se o ritmo de construção se mantiver aos atuais níveis, Portugal terá mais de um terço da sua população a viver em casas com mais de 50 anos, construídas numa altura em que as exigências de construção e de conforto eram substancialmente diferentes. As reabilitações poderão ajudar a manter essas casas habitáveis, mas, em muitos casos, isso não será possível porque o custo de reabilitar é muito elevado. Caso não sejam substituídas por casas novas, a qualidade de vida de uma parte substancial da população será bastante afetada. Os portugueses viverão em casas caras e pouco adaptadas às exigências do século XXI”.
📘 Consulta esta e outras análises no livro Trancas à Porta: Desfazendo mitos sobre a crise da habitação, de Carlos Guimarães Pinto, Juliano Ventura, André Pinção Lucas e Filipa Osório, à venda em habitacao.maisliberdade.pt
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