2023-03-02
Por +Factos
Um dos problemas apontados ao sector da Habitação, é o número de casas destinadas ao Alojamento Local (AL). O Governo propõe acabar com a emissão de novas licenças de AL, com a excepção dos alojamentos rurais em concelhos do interior do país, e as actuais licenças serão sujeitas a reavaliação em 2030 e, depois dessa data, periodicamente, de cinco em cinco anos. O AL "representa mais de 40% das dormidas turísticas em Portugal e as medidas anunciadas pelo Governo vão matar o sector", disse o presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda.
O sector do AL cresceu bastante na Área Metropolitana de Lisboa até ao último ano antes do início da pandemia (2019), até atingir as 26 mil camas disponíveis. Contudo, a pandemia travou fortemente o AL e, em 2022 (ano em que o sector do turismo já recuperou totalmente da pandemia), o número de camas destinadas a AL ainda ficou abaixo do registado em 2019 (21 mil).
Se o crescimento do sector do AL, segundo dizem alguns, tem um impacto tão grande no mercado de arrendamento, seria de esperar que os valores das rendas, pelo menos, tivessem estagnado. No entanto, apesar do forte travão no AL, o valor mediano das novas rendas de alojamentos familiares com 100m² não parou de aumentar na Área Metropolitana de Lisboa, nem mesmo em 2020. Em 2019 era necessário pagar 807€ mensais por um alojamento com 100m², em 2022 já era necessário pagar mais 21% (974€). Ou seja, os valores das rendas continuaram a crescer a um ritmo muito elevado, apesar do sector do alojamento local não ter ganho dimensão. Outros factores terão também contribuído para esta tendência.
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