Valor das grandes empresas na Europa vs E.U.A.

Ao longo das duas últimas décadas, a Europa tem perdido o comboio da competitividade empresarial internacional, especialmente no sector da tecnologia.

O valor das grandes empresas europeias (com mais de mil milhões de dólares, em receitas anuais) era quase idêntico ao das empresas sediadas nos EUA em 2000 (7 biliões de dólares contra 8 biliões de dólares), no entanto, em 2021, as empresas dos Estados Unidos valiam mais do dobro das suas congéneres europeias (46 biliões de dólares contra 21 biliões de dólares, de acordo com a escala longa europeia). Só as seis maiores empresas tecnológicas americanas (Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet, Tesla e Meta) valem mais de metade de todas as grandes empresas europeias (11 biliões de dólares). Ao longo deste período de 20 anos, enquanto o valor das grandes empresas europeias cresceu ao ritmo de 4,3%/ano, nos EUA cresceu o dobro, 8,5%/ano.

As empresas europeias ficam para trás dos seus pares internacionais em métricas de receitas e rentabilidade, crescimento e inovação. A Europa tem muitas empresas de alto desempenho, mas, em agregado, entre 2014 e 2019, as grandes empresas europeias foram 20% menos rentáveis (medido pelo retorno do capital investido) do que as suas homólogas americanas, aumentaram as receitas cerca de 40% mais lentamente, investiram menos 8% (despesas de capital em relação ao stock de capital investido), e gastaram cerca de 40% menos em I&D.

A maioria das diferenças são observáveis nas indústrias criadoras de tecnologia e nas farmacêuticas. Em conjunto, estes sectores são responsáveis por mais de 90% da diferença de retorno do capital investido, mais de 80% da diferença de despesa de capital em relação ao stock de capital investido, mais de 60% da diferença de crescimento das receitas, e mais de 70% da diferença de intensidade de I&D.