2024-03-13
Por +Factos
Nas eleições legislativas que decorreram no passado domingo, a taxa de abstenção foi a mais baixa desde 1995, no território nacional. A taxa de abstenção tem diminuído desde 2019 (45,5%), tendo-se fixado em 42,0% em 2022 e em 33,8% em 2024.
Estas eleições ficaram ainda marcadas pela ascensão do Chega a quase 20% de votação. O partido teve um enorme crescimento e passou de 12 deputados, em 2022, para 48 deputados na próxima legislatura (ainda sem os mandatos dos círculos do estrangeiro). Em 2019 tinha elegido apenas um deputado. Será que existe uma correlação entre estes dois efeitos?
Analisando a variação da percentagem de votos válidos no Chega e a variação da taxa de abstenção nos munícipios portugueses com mais de 3 mil habitantes, entre 2019 e 2024, há claramente uma correlação. Foi nos munícipios onde a taxa de abstenção mais baixou que o Chega mais aumentou a sua votação.
Estes resultados poderão indicar que há uma grande percentagem da população portuguesa que não votava anteriormente, porque estava insatisfeita com as alternativas partidárias que existiam, e que atualmente vota porque o Chega os representa pelas suas ideias ou, simplesmente, por protesto.
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