2023-02-17
Por +Factos
A pandemia teve um grande impacto económico, um pouco por todo o mundo. Portugal não foi excepção, tendo mesmo sido uma das economias da OCDE mais afectadas, como consequência dos longos períodos com fortes restrições ao movimento dos cidadãos e com a quase paralisação das actividades económicas. Portugal, sendo também uma economia muito dependente do turismo, ressentiu-se mais da sua prolongada interrupção do que a maioria dos países da OCDE.
Consequentemente, o PIB e os rendimentos dos portugueses foram dos que mais baixaram. Entre todos os países da OCDE, Portugal teve a 5.ª maior quebra do PIB em 2020 (-8,3%), sendo que apenas recuperou totalmente o nível do PIB real pré-pandemia, em 2022. 2022 foi o ano em que se iniciou a guerra na Ucrânia e a escalada desmesurada dos preços, mas não se prevê que haja recessão como consequência dessa realidade.
Em termos de rendimentos, o problema é maior, uma vez que o rendimento disponível das famílias portuguesas, ajustado pela inflação, está bastante abaixo do que se registava no 4.º trimestre de 2019 (-4,1%). Esta quebra é apenas superada pela 🇪🇸 Espanha, entre os países da OCDE da Europa e América do Norte com dados disponíveis. A quebra de 1,8% no rendimento disponível em 2020, foi recuperada em 2021, mas, os 2.º e 3.º trimestres de 2022 foram bastante penalizadores para as famílias portuguesas (quebras de 2,2% e 3,0%, respetivamente). No 3.º trimestre de 2022 trata-se mesmo da quebra mais acentuada entre todos os países da OCDE com dados disponíveis.
Os rendimentos das famílias portuguesas acompanharam a economia na sua quebra durante a pandemia (embora em escalas diferentes), no entanto o actual contexto de elevada inflação está a impactar muito mais os rendimentos do que a economia como um todo.
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