2024-07-05
Por Instituto +Liberdade
O Prémio Tágides é promovido anualmente de forma a identificar, reconhecer, celebrar e premiar projetos, trabalhos e/ou iniciativas de uma pessoa, um conjunto de pessoas singulares ou uma organização empresarial, que se destaquem na promoção de uma cultura de integridade e na prevenção e luta contra a corrupção em Portugal, em várias áreas da sociedade.
Nesta newsletter lançamos-te um desafio: contribui para escolher os vencedores do Prémio Tágides. Nomeia quem te inspira no combate contra a corrupção até 23 de agosto em https://www.all4integrity.org/premio-tagides/nomear-candidatos/. No final do ano saberemos quem são os vencedores.
A identidade de quem nomeia é mantida confidencial e cada pessoa pode submeter até seis nomeações nas seguintes categorias do Prémio:Iniciativa Empresarial, Iniciativa Jovem, Iniciativa Política, Iniciativa Portugal no Mundo, Projeto de Investigação, Projeto da Sociedade Civil.
Mas afinal, o que nos dizem os números sobre a corrupção? Desde logo, o Índice de Perceção da Corrupção coloca Portugal em 34.º lugar a nível mundial, tendo caído 6 posições desde 2015, e está na 16.º posição no contexto europeu. Entre os 180 países analisados até parece uma classificação honrosa, mas no contexto europeu está longe dos países mais desenvolvidos (como a Dinamarca ou Finlândia que lideram este ranking). No relatório deste ano, aTransparency International Portugal, assinala que Portugal é “um dos países da Europa em que se registam falhas ao nível da integridade na política”. Ainda que seja um índice de perceção, as percepções induzem comportamentos e são, neste caso, um inibidor de investimento estrangeiro, prejudicam a confiança dos agentes de mercado e criam entraves em toda a sociedade, corrompendo os pilares da democracia e da liberdade.
Mas vamos a mais números: há muitas suspeitas de corrupção mas poucas resultam em condenação. Entre 2018 e 2022,apenas 3% das comunicações judiciais relativas a crimes de corrupção, peculato e outros crimes económicos no setor público resultaram em condenações. O Conselho de Prevenção da Corrupção realça que "os elementos apresentados evidenciam uma vez mais as dificuldades da ação do Ministério Público e dos Órgãos de Polícia Criminal no acesso e recolha de indícios e elementos probatórios relativamente a este tipo de crimes.”. A corrupção é um cancro difícil de combater.
A corrupção não é apenas aquela que vemos nas TVs, com figuras de relevo da política e das empresas a corromperem o sistema para benefício próprio. Manifesta-se também em situações mais triviais do dia-a-dia. Começa numa simples e “inofensiva cunha". As "cunhas" deturpam e corroem o funcionamento das instituições, dando prevalência a uns, indevidamente, em detrimento de outros. Segundo o “Global Corruption Barometer”, da Transparency International, Portugal é o 2.º país da UE onde se recorre mais a "cunhas" para facilitar o acesso a serviços públicos (quase metade dos portugueses admite que recorreu a "cunhas", para aceder a serviços públicos no ano anterior). Um pequeno gesto que beneficia poucos, mas prejudica todos. Fomentar uma cultura de integridade começa, assim, em cada um de nós.
Não deixes de participar e nomear quem te inspira no combate à corrupção, porque menos corrupção é mais liberdade!
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